sexta-feira, 29 de agosto de 2014
A Bela Espiã - Capítulo 02
Com a cabeça inclinada, Joseph estava concentrado nas traduções que Demetria trouxera, ignorando-a por completo desde o momento em que haviam deixado o restaurante.
Sentada numa confortável poltrona de veludo ferrugem, ela fitava os cabelos muito negros e os ombros largos do homem à sua frente. O fato de estar no apartamento de Joseph despertava fantasias absurdas em sua mente. O vinho começava a fazer efeito, sem dúvida. Procurando afastar essas idéias loucas, Demetria tentou se interessar pela decoração do luxuoso apartamento de cobertura. A sala era forrada de madeira escura e os móveis tinham tons pastel. Havia um refinamento extremo em cada detalhe, mas o que mais a atraía era a visão entrevista pela enorme porta de mogno.
Uma das maiores camas que ela já vira destacava-se com seus lençóis de cetim cor de ouro velho. Demetria se considerava uma moça sofisticada, tendo vivido em Londres e Paris, porém suas experiências não incluíam hábitos ou apartamentos de homens solteiros.Era a primeira vez que via uma cama tão convidativa.
Realmente, seus pensamentos não deixavam de voltar ao ponto de partida! Como se sentiria ao ser tocada pelas mãos fortes de Joseph? Seriam capazes de ternura ou revelariam o lado primitivo daquele homem?
Afinal de contas, ela era uma mulher adulta e tão normal quanto as outras, portanto não havia por que se censurar por seus pensamentos eróticos. Também não adiantava pôr a culpa no vinho... Na verdade há três meses Joseph lhe atormentava cada minuto do dia e da noite. E agora, finalmente, estavam os dois ali sozinhos, numa situação convidativa. Demetria sacudiu a cabeça, chocada por compreender o que estava desejando. Como poderia pensar que uma noite com Joseph conseguiria liquidar com sua fixação por ele? E se fosse exatamente o contrário?
— Não estamos mais na época vitoriana. Hoje uma mulher pode ser tão independente quanto um homem e fazer amor sem nenhum envolvimento afetivo! — disse a si mesma, analisando o problema, mas ainda sem coragem de tomar uma atitude.
Percebeu que desejos reprimidos por muitos anos não desapareciam com tanta facilidade. Descobrira de uma maneira brusca o quanto sua vida era vazia, não só de amigos, como também de intimidade e contato com o sexo oposto. Nenhum outro homem lhe despertara essa atração irresistível. Por que não seguir uma única vez os seus instintos, dedicando a noite apenas para si própria?
"Não! Não posso fazer isso!", censurou-se, indo até a janela para tomar um pouco de ar fresco. Estava ficando completamente atordoada pela mistura perigosa de muito vinho e um homem fascinante. Ainda mais grave era sua pretensão de tentar seduzir um sedutor!
— Demi, poderia vir até aqui e me explicar alguns detalhes? — ele pediu, acompanhando-lhe os movimentos do corpo sensual. Desde o minuto em que sentara para examinar as traduções, não tinha conseguido concentrar-se. Estava ligado a cada suspiro, a cada movimento de Demetria. Agora, muito próxima, Joseph podia sentir-lhe o perfume e ouvir-lhe a respiração.
— Qual delas está revendo?
— Já terminei as cartas em francês e espanhol, mas o alemão... Em todo caso, como as anteriores estavam excelentes, suponho que estas também não tenham problemas.
— Tenho certeza de que não. Eu verifico palavra por palavra depois de terminá-las — afirmou Demetria, inclinando-se propositalmente e encostando nele.
Joseph sentiu o seio rijo roçar-lhe o braço e precisou controlar-se para não demonstrar a onda de excitação que o envolveu. Entretanto, Demetria percebeu-lhe a respiração alterada e exultou ao ver que ele a desejava também. Era uma sensação atordoante saber que despertara nele reações tão violentas quanto as suas.
— Normalmente, não presto atenção às cartas que traduzo, mas fiquei interessada nessas últimas. Por que uma empresa de eletrônica usaria tanto aço importado da Alemanha? Desculpe-me, talvez não seja da minha conta, mas... achei intrigante.
O olhar de Joseph tornou-se frio e, virando-se de frente para ela, observou-a com
atenção. O que Demetria pretendia saber? Entretanto, ela acabava de sentar-se sobre sua escrivaninha e essa visão o perturbou profundamente.
A seda fina moldava as coxas bem-feitas e Demetria cruzou as pernas, provocante. "Ela está querendo me tentar!", pensou Joseph, intrigado. Demetria estaria usando o mais velho truque do mundo, de oferecer seu corpo para obter informações? Seria realmente a culpada de tudo, apesar de suas respostas inocentes?
Fosse o que fosse, ela parecia estar atingindo seu objetivo, de repente, Joseph só conseguia pensar em como seria bom soltar a pesada trança dourada e mergulhar o rosto naqueles cabelos brilhantes como seda. Assim mesmo, decidiu deixá-la tomar a iniciativa para ver até onde Demetria seria capaz de chegar.
— Será que é minha imaginação ou você está mesmo querendo me seduzir, Demi?
— Oh! Não pensei que fosse tão evidente — ela sussurrou, surpresa com a própria calma. O dilema entre certo e errado havia desaparecido como por encanto. De repente, Demetria via-se diante de um fato consumado. Com alguns sorrisos insinuantes e movimentos provocantes, criara entre os dois um envolvimento do qual não poderia mais recuar. O olhar de Joseph exprimia todo o desejo que o consumia e sua determinação de ir até o fim. Qualquer dúvida que ainda restasse foi dissipada pelo calor dos braços que a rodearam. Ela perdeu-se na magia do toque ardente dos lábios de Joseph. Enquanto ele explorava sensualmente a maciez da boca de Demetria, foi soltando-lhe a trança até espalhar os cabelos como um manto dourado.
— Não corte nunca esses cabelos... — pediu, com um murmúrio rouco. Ela sentiu uma chama acender-se no centro de seu ser e quando ele tocou os seios rijos, soltou um suspiro de prazer. Estava sendo envolvida num turbilhão de sensações, perdendo todo o controle de seu corpo que reagia ao toque de Joseph como jamais imaginara ser possível. Antes mesmo de poder tocá-lo, percebeu que seu vestido escorregava para o chão.Pela primeira vez naquela noite, ela sentiu vergonha... estava quase nua diante de um
homem que conhecia há poucas horas. O sutiã de renda mal cobria os seios firmes e a minúscula calcinha mais evidenciava do que escondia sua deliciosa feminilidade.
— Joseph, eu...
— Não diga nada, querida. Seu corpo é a visão mais linda que já tive... pele de magnólia e botões de rosa...
— Eu preciso...
Antes de terminar, ele a beijou novamente, com mais insistência, e Demetria rendeu-se ao prazer.
Tomando-a nos braços, Joseph carregou-a até o quarto e deitou-a na cama. Só então ele retirou com gestos impacientes as últimas barreiras que o impediam de apreciar a beleza da nudez total. Depois tirou suas próprias roupas, enquanto Demetria admirava as proporções perfeitas daquele corpo masculino, evidenciando a beleza de um homem tomado pelo desejo. Ela queria esclarecer muitas coisas, mas qualquer palavra quebraria o momento mágico. Não poderia suportar que Joseph não a tocasse mais e por isso calou-se, mal podendo respirar de ansiedade. Quando finalmente ele deitou-se ao seu lado, Demetria não pôde evitar um estremecimento e involuntariamente se afastou.
— O que é isso, querida? Você me deseja, não? Diga... não foi por isso que esperou a noite toda?
— Não, Joseph, eu...
Mesmo sabendo que deveria deixá-la falar, que era o único modo de surpreendê-la numa contradição, Joseph não podia se controlar. Aquela mulher acendia nele um desejo muito mais intenso do que todas as outras. As mãos pareciam ter vontade própria e deslizavam pelo corpo sensual em busca dos recantos mais secretos e sua boca percorria a pele sedosa numa trilha de fogo. Perdida num mundo de sensações, Demetria entregou-se às carícias enlouquecedoras que a faziam gemer de prazer.
— Quero você agora, Demi... sei que está pronta para me amar... — Joseph entreabriu-lhe as pernas e num movimento rápido penetrou-a, sem poder mais esperar. Para sua surpresa, sentiu-a ficar tensa e ouviu-lhe o grito abafado.
— Oh! Meu Deus!... Sua tolinha! — Joseph esforçou-se por manter a disciplina, mas ela o enlouquecera de desejo e não pôde conter seu prazer por nem mais um segundo. Apenas a respiração ofegante dos dois perturbava o silêncio do quarto. Na penumbra, o corpo de Demetria brilhava como madrepérola, num jogo de sombras e luzes que ressaltavam suas curvas sensuais. Acariciando os mamilos rosados e eretos, com a ponta dos dedos, Joseph sorriu:
— Por que não me disse nada, querida? Você me provocou tanto que pensei... Não era bem isso que esperava do amor, era?
Envergonhada, Demetria afastou as mãos dele e tentou sair da cama, mas Joseph puxou-a de encontro ao peito.
— Nada disso, gatinha. Mulher alguma sai da minha cama com esse ar de frustração... Ainda nem começamos nossa viagem de prazer!
— Não, pare...
— Não há necessidade de palavras. Deixe apenas seu corpo responder ao meu... Afastando as mechas douradas do rosto de Demetria, Joseph cobriu-a de beijos para sufocar sua recusa. Descendo pelo pescoço esguio, chegou até os seios tentadores e colou os lábios no mamilo rijo de desejo, sugando-o avidamente.
Sentindo-a vibrar de prazer, mordiscou-lhe os seios, aumentando a pressão até fazê-la gritar de desejo. Ela jamais tivera sensações tão intensas!
Joseph foi excitando-a lentamente, até que ela própria indicasse o momento exato de ser possuída. Emoções profundas e maravilhosas vieram à tona, abalando-a com sua violência.
Todo o corpo de Demetria vibrava à espera do instante em que Joseph a preencheria com sua virilidade.
— Por favor... agora, Joseph...
Entretanto, ele parecia ter todo o tempo do mundo à sua disposição e continuava a tocá-la, até que um grito de paixão o fez perder os últimos vestígios de controle. Ele mergulhou no calor do corpo de Demetria, arrastando-a num ritmo cada vez mais febril em direção ao êxtase. Ela viu Joseph sorrindo, segundos antes do mundo explodir em milhares de partículas de sensações delirantes. Flutuando de volta à terra, ouviu apenas sua própria voz soluçando de prazer e murmurando sem cessar o nome dele, como uma melodia que jamais esqueceria. Aconchegada aos lençóis macios, Demetria só queria continuar sentindo aquela doce tranqüilidade. Por isso, foi com preguiça que entreabriu os olhos, ao sentir que Joseph a tocava no braço.
— Vamos lá, mocinha. Deixe de fingir que está com sono e levante dessa cama.
— Pare com isso, Joseph...
— Levante-se já! É melhor estar na sala em dois segundos ou garanto que vai se arrepender. E ponha isto! — ele atirou-lhe um roupão de seda preta e saiu do quarto.
O que havia acontecido afinal? Apavorada, sem entender a expressão fria e enfurecida no rosto dele, apressou-se em vestir o robe e sair do quarto. Joseph estava caminhando de um lado para o outro da sala, mas parou ao vê-la parada à porta. Os longos cabelos despenteados, a boca rubra dos beijos trocados há poucos minutos e o corpo que o roupão muito curto mal escondia reacenderam seu desejo. Precisava se controlar ou poria tudo a perder, censurou-se. Aproximando-se dela, puxou as lapelas do roupão para cobrir os seios amplos onde se via na pele muito clara a marca de suas carícias ardentes.
— Sente-se, e comece logo a se explicar antes que eu perca a cabeça! — disse, sem saber se a estava ameaçando ou convidando-a novamente para fazerem amor.
— A me explicar?! Sobre o quê? — Demetria encarou-o com um misto de raiva e surpresa.
— Olhe aqui, mocinha, fique sabendo que não estou acostumado a seduzir...
— Ei, calma. Se é isso que o preocupa, acho que está perdendo tempo. Afinal, fui eu
quem o seduziu, não é?
— O quê? — Joseph ficou abismado com a expressão de Demetria. Ela o encarava com um ar divertido, não parecendo nem um pouco perturbada com a situação. Droga! Não podia esquecer-se de que essa mulher tinha roubado milhões de sua empresa! Precisava desvendar a trama de uma vez por todas. Demetria fazia parte do grupo que estava lesando os Jonas e ele iria obrigá-la a confessar, custasse o que custasse!
— Muito bem. Então foi você quem me seduziu, não é? Pois vá dizendo logo o quanto o sacrifício de sua virgindade vai me custar. Em dinheiro... Demetria abriu a boca, mas foi incapaz de pronunciar uma só palavra.
— Não adianta fazer esse ar de ofendida... Só quero saber qual foi o preço que Selena estabeleceu pela minha noite de prazer? Afinal, você tem um grande potencial artístico, agiu como foi instruída e creio que terei muito a pagar.
— Selena? O que ela tem a ver com isso? Ouça bem, Joseph, fui para a cama com você porque senti vontade, só isso!
— Ah! Não pense que sou tão idiota! Nada é tão simples assim. Diga logo, antes que eu perca a paciência e faça o que não devo. Quanto, Demetria?
— Não quero nada de você, Joseph. Aliás, não quero nem mesmo voltar a vê-lo.
— Quer dizer que me usou para "alegrar" sua noite? — gritou ele, chocado. A audácia daquela mulher ao dizer-lhe que ele não passava de um amante para uma noite só era inacreditável!
A ironia é que sempre acontecia o contrário com ele: usava as mulheres como um divertimento e jamais voltava a procurá-las. Entretanto, essa mudança de posição não o agradava nem um pouco! Percebendo que a raiva não o levaria a descobrir o que desejava, mudou de tática, perguntando com mais delicadeza:
— Será que poderia me dizer como uma mulher de vinte e sete anos, vivendo numa cidade grande, chegou até essa idade ainda... bem...
— Ainda virgem? Por que isso o incomoda tanto, Joseph? Afinal, não foi você quem perdeu alguma coisa esta noite, só eu, e por livre e espontânea vontade!
— Não perdi, é? Ainda estou esperando para saber quanto esse prazer único vai me custar! Seria muita curiosidade perguntar se você toma pílulas?
— Eu... não... não é meu hábito ir para a cama com desconhecidos. Hoje foi um fato absolutamente fora do normal e... Um terror imenso tomou conta de Demetria ao pensar no que poderia acontecer. Ela se esquecera completamente da possibilidade de uma gravidez.
— É isso que você e Selena tinham em mente? Uma gravidez providencial? Seria muito útil para vocês duas, não? Pois tire essa idéia da cabeça, moça! Mulheres muito mais sofisticadas e espertas já tentaram esse truque sujo comigo e posso lhe garantir que acabaram bem mal.
— Seu tolo cheio de ilusões! Pensa que todas as mulheres do mundo não pensam em mais nada, a não ser em você? No meu caso, não poderia estar mais longe da verdade, Joseph! Agora, por favor, me explique o que Selena tem a ver com tudo isso. — Demetria não se conformava por aqueles olhos verdes estarem tão gelados, tão cheios de desprezo. Esperou pela resposta, mas Joseph apenas esboçou um sorriso de malícia, como se não acreditasse em nada.
Correndo para o quarto, ela vestiu-se depressa, indignada. Quando ficou pronta, voltou para a sala disposta a sair dali. Não queria vê-lo na sua frente por muito tempo! Todavia Joseph, com um copo de conhaque na mão, barrou-lhe a passagem.
— Onde pensa que vai? Ainda não terminamos nossa conversa... tão agradável por sinal!
Sem responder, Demetria desviou-se dele e continuou em direção à saída. De súbito, o copo foi arremessado com violência, explodindo em mil pedaços na porta à sua frente. Apesar do tremor que a assaltou, ela virou-se e enfrentou-o.
— Eu vou para casa, senhor Jonas! Da minha parte, já disse tudo que precisava.
— Pois está muito enganada! Eu não terminei... Quero algumas explicações e não me obrigue a usar métodos pouco gentis para consegui-las! Quero saber de sua combinação com Selena e...— Olhe aqui, senhor Jonas. Sei muito bem que é capaz das maiores brutalidades, porém vou sair daqui agora e se tornar a me ameaçar sou capaz de ir até a primeira delegacia e... .
— Que corajosa! No entanto, você tem razão, é melhor sair mesmo antes que eu lhe dê umas boas palmadas para ensiná-la a não ser tão insolente. Se continuarmos, sou capaz de estrangulá-la. Conversaremos amanhã...
— Adeus, senhor Jonas. Espero não vê-lo nunca mais!
— Adeus, não, Demi! Até amanhã.
Um arrepio percorreu-a ao ouvir o tom frio e ameaçador de Joseph. Só depois que as portas do elevador se fecharam, ela relaxou. Conseguira escapar das garras daquele homem violento e explosivo e agora... não havia mais nada que ele pudesse fazer para atingi-la! Por um longo tempo Joseph ficou imóvel, seguindo em pensamentos o caminho de Demetria até a saída do prédio. Finalmente, numa explosão de raiva, gritou para as paredes.
— Garota mentirosa, trapaceira e desonesta!
Pegando o telefone, esperou até ouvir a voz do irmão e ordenou-lhe autoritário:
— Venha imediatamente até aqui, Nicholas!
Em alguns minutos Nicholas entrou e percebeu de imediato o estado de espírito do
irmão.
— Deixe de beber à toa, Joseph. Ou, pelo menos, quando quiser ficar bêbado, faça-o sem atrapalhar os meus programas. Deixei uma garota fantástica dormindo na minha cama, sabia? Ao chegar perto da porta do quarto viu os lençóis amassados e começou a rir. A expressão de Joseph, no entanto, obrigou-o a engolir a brincadeira que estava prestes a fazer.
— Afinal o que descobriu a respeito das irmãs Lovato? — perguntou, forçando-se a ficar sério.
— Absolutamente nada!
— Bem... Olhe, Joseph, não pretendo ficar aqui a noite inteira, portanto nada de mentiras. Conheço muito bem as suas técnicas de obter informações das mulheres, por isso... Como é que elas estão passando nossos segredos para as fábricas estrangeiras?
— Com os diabos, Nicholas! Não sei! Não cheguei nem a perguntar.
— Puxa! A garota devia ser mesmo excepcional, não?
— Cale a boca! Você não está entendendo nada!
— Então me explique, Joseph! Nosso plano era...
— Sei muito bem como era! Fui eu quem o elaborou, esqueceu? É que... bem... a garota era inocente.
— O quê? Inocente do quê? — Nicholas franziu a testa diante da fisionomia culpada do irmão. — Afinal foi você mesmo quem disse que ela estava envolvida nos roubos.
Olhando para o copo vazio, Joseph nem percebeu o tom abismado do irmão. Uma sensação desagradável tomara conta dele ao pensar nos acontecimentos da noite. Mal se lembrava dos planos roubados ou do dinheiro perdido... apenas conseguia pensar naquele corpo jovem e sensual que tivera em seus braços. E havia sido o primeiro! O que o perturbava, no entanto, era surpreender em si mesmo tamanha mudança.
Jamais quis saber quantos homens havia na vida de qualquer mulher e hoje sentia como se tivesse sido homenageado com a dádiva mais preciosa que uma mulher poderia oferecer. Não, não podia deixar Demetria fugir dele.
— Nicholas! Redija um documento como os outros que fez anteriormente para Demetria Lovato assinar e iremos amanhã até a casa dela. Além disso, procure descobrir como fazer para conseguir tirá-la de Selena. Quero que trabalhe conosco.
— Você ficou louco? Quer colocá-la na empresa? Demetria e a irmã são as principais— Irmã de criação, Nicholas!
— As duas roubaram nossos planos e você quer que eu redija um documento para essa criminosa...
— Demetria nunca roubou ninguém!
— Ah, não?
— Não!
— E como você sabe? A garota o enfeitiçou de tal modo que nem chegou a lhe perguntar nada!
— Ouça, mano. Ela é inocente. Sou até capaz de apostar nosso rancho!
— Muito bem, eu aceito a aposta mas... e Selena? Será que Demetria não percebe o que a irmã está fazendo?
— Acho que não. Por isso pretendo manter Demetria perto de nós. De algum modo, Selena está querendo que a consideremos culpada e pretendo descobrir por quê. O primeiro passo será separar as duas.
Apesar de Nicholas ser seu irmão e também seu advogado particular, Joseph não queria revelar tudo o que se passara ali naquela noite. Já estava se sentindo um traidor em relação a Demi e não iria cometer a indiscrição de revelar os maravilhosos momentos que viveram juntos.
— Então acha que Selena trabalha sozinha?
— Não... ela não está sozinha. Não teria condições de manter tantos contatos na Europa. Alguém está colaborando e é essa pessoa que desejo desmascarar. Mas isso vai levar algum tempo. Por enquanto, o que me preocupa é que Demetria está traduzindo nossas cartas há três meses e...
— Afinal, Demetria está ou não envolvida?
— Não da maneira como imaginamos, Nicholas. Ela está sendo manipulada, tenho certeza... Só não sei qual o motivo.
— Joseph... Quando você disse que Demetria era inocente, estava também se referindo a... quer dizer... ela não tinha nenhuma experiência amorosa, é isso? Um silêncio profundo acolheu a pergunta de Nicholas e sem olhar para o irmão, Joseph assentiu com a cabeça. Depois de uma longa pausa Nicholas suspirou e colocou a mão sobre o ombro do irmão.
— Acho que precisamos de mais uma boa dose de conhaque, Joseph!!
Continua...
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Uii~~ parece que as coisas esquentaram..haha,Demi virgem,vocês esperavam por isso? hasuahsa' Estão gostando da fic? Espero que sim <3, se der posto
"Shouldn't Come Back" ainda hoje...COMENTEM..BEIJOS...XOXO!!
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Ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeiiiiiiiiiii...a demi virgem por essa eu não esperava..
ResponderExcluirPosta logoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo pleaseeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
kk OMG poisé acho que essa surpreendeu todo mundo, haha
ExcluirQue bom que está gostando (: Logo posto <3